Caos na saúde pública

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16/05/2013

O vereador Ricardo Saad (PSDB) cobrou um posicionamento do secretário de Saúde, Kamil Fares (PDT) quanto ao repasse da Prefeitura para os hospitais conveniados ao SUS. De acordo com o parlamentar, o município atrasa na transferência da verba todos os meses, o que prejudica o funcionamento das unidades.

"Não adianta ter apenas posto de saúde se a secretaria não repassa os recursos aos hospitais de retaguarda, que auxiliam e muito no atendimento do SUS. Até ontem (15) o município ainda não tinha transferido o dinheiro aos hospitais conveniados, e eles dependem deste recursos para pagar os funcionários", pontua.

O tucano cita como exemplo o Hospital Santa Helena, que é onde ele realiza atendimento. Segundo ele, os servidores da unidade de saúde já estão cobrando um posicionamento da direção quanto ao seu pagamento.

"Eles trabalharam e nós precisamos receber do município para poder pagar eles. O atendimento do Hospital é mais de 90% voltado para o SUS, e o secretário não enxerga isso. Eu vivo a saúde do SUS diariamente, e o secretário de saúde não atende ninguém do SUS e acho que nem sabe o que é isso, por isso temos que cobrar".

Segundo Saad, a verba utilizada pela pasta para realizar o repasse aos hospitais conveniados é oriundo do Ministério da Saúde. Ele afirma que este dinheiro é depositado na conta da Prefeitura todo o dia cinco. A partir daí, o município tem mais cinco dias para regulamentar a transferência. "Já é dia 16 e nada deles repassarem o dinheiro ou darem uma satisfação".

O vereador ainda chamou a atenção para a falta de médico nas Policlínicas da Capital. Na última terça-feira uma emissora de televisão relatou a realidade da unidade do Planalto. Na ocasião havia apenas um médico pediatra para realizar todo o atendimento daquela região, enquanto o certo seriam ter quatro profissionais, sendo dois clínicos e dois pediatras.

Por conta do déficit, os funcionários estavam encaminhando os pacientes para outra unidade, a do CPA I, qual não suportou a demanda, pois também estava com seu quadro de médicos desfalcado, e demorou até sete horas para atender os pacientes.

"Isso é a prova do descaso com que a secretaria trata a população de Cuiabá, alguém tem que tomar alguma providência. Não podemos deixar nosso povo sem amparo".

Assessoria de Gabinete

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