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03/08/2018
Greve na Santa Casa centraliza atenção dos vereadores
Brunna Maria - CMC
A sessão plenária de reabertura dos trabalhos legislativos na Câmara Municipal teve hoje (2) uma série de pronunciamentos veementes por parte dos vereadores e convidados na Tribuna Livre. Os funcionários do setor de Saúde e Enfermagem da Santa Casa deflagram greve por causa dos salários atrasados, que já contabiliza dois meses. Muitos enfatizaram sequer ter mantimentos alimentícios em casa, além de luz e água cortadas. Também informaram que a situação dos médicos é ainda pior: não recebem há quatro meses pelos serviços prestados na instituição filantrópica.

A direção da entidade hospitalar alega falta de repasses constitucionais, argumento rebatido pelos governos estadual e municipal, com a devida apresentação de documentos comprobatórios. Diante desse impasse, a Casa de Leis endossou a instauração de auditoria na Santa Casa para saber quem está faltando com a verdade.

Conforme o vereador Dr. Xavier, membro da Comissão de Saúde do Legislativo, “é inadmissível uma situação desse gênero”. Ele enalteceu o empenho dos servidores para ofertar boa saúde à população, mas o fato de a Santa Casa ser uma unidade filantrópica não a desvincula dos direitos trabalhistas com quem presta serviços na unidade, pontuou. Dr. Xavier lamentou que o presidente da Santa Casa, Antônio Preza, que faria uso da Tribuna Livre hoje, não tenha comparecido ao Parlamento.

“Sou e serei sempre solidário a causas semelhantes, de quem trabalha firme, de forma idealista, até. A Saúde registra bons exemplos nesse aspecto. São pessoas que cumprem religiosamente seus compromissos. Naturalmente, elas precisam receber os seus vencimentos em dia quitação dos serviços desempenhados”.

O parlamentar disse ser interessante observar que a Santa Casa tem recebido um sem número de auxílios públicos e privados, cifras milionárias, mas sempre alega estar em crise permanente. “Algo está errado aí e precisa ser verificado, apurado. Afinal, quem sofre é a população, não apenas os funcionários, que agora padecem sem salários”.

Segundo uma das grevistas presentes na galeria do Parlamento, Cleide Nascimento, sobreviver sem salários é uma grande aventura. “Principalmente para quem tem família numerosa, meu exemplo. São três bocas extras, filhos, todos dependentes do alimento que trago pra casa à custa do meu suor. Mas o suor ficou lá na Santa Casa, e a remuneração dos serviços não chega há meses. Todos torcermos para que os órgãos fiscalizadores competentes, e a Câmara é um deles, faça uma sindicância rigorosa na Santa Casa. O problema existe é na gestão dos recursos, isso todos já sabemos. Resta saber de quem é a culpa”.

Outra funcionária da área de enfermagem, Cícera Avier, disse que ninguém mais acredita nas desculpas da diretoria sobre os atrasos de salários. “Isso aí já virou novela cansativa. Sempre dizem ser culpa dos governos municipal/estadual, que não repassaram os recursos constitucionais. Mas o sindicato já levantou que a realidade é bem outra: receberam, sim, e muito. Incluindo dinheiro de emendas parlamentares. Uma auditoria, conforme propõem os vereadores, seria bem-vinda então para resolver esse impasse, esclarecer as coisas”.

João Carlos de Queiroz/Secretaria de Comunicação Social - CMC


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